Gestão Organizacional ao Longo do Tempo: uma breve síntese

Quadro Comparativo

PeríodoFoco PrincipalCaracterísticasPrincipais Nomes/Conceitos
Pré-Industrial (Até séc XVIII)Produção artesanalFamiliar, informal, baseada em tradiçãoGestão empírica
Revolução Industrial (séc XVIII a XIX)Eficiência na produçãoMecanização, divisão do trabalho, surgimento das fábricasAdam Smith (divisão do trabalho)
Escola Clássica (1900-1930)Estrutura e produtividadeHierarquia, padronização, especializaçãoTaylor, Fayol, Weber
Recursos Humanos (1930-1950)Pessoas e motivaçãoClima organizacional, liderança participativa, foco nos indivíduosElton Mayo, Experimentos de Hawthorne
Sistêmica/Contingencial (1960-1990)Adaptação e integraçãoOrganização como sistema aberto, ambiente dinâmicoTeoria dos Sistemas, Teoria Contingencial
Gestão Moderna e Atual (1990-hoje)Inovação, colaboração, redes e propósitoGestão ágil, ESG, IA, trabalho híbrido, cultura organizacional forte, foco em dados, experiência do cliente e foco nas liderançasAgile, Scrum, ESG, liderança humanizada, IA
Gestão em Redes e Inteligência Coletiva: Relações Humanas (2000-hoje)Colaboração, cocriação, redes inteligentesOrganizações em rede, informações em fluxo,  aprendizado contínuo, foco na inteligência coletiva e nas relações humanas. .  Inteligência Coletiva, redes organizacionais (ARO-Análise de Redes Organizacionais-ONA)

Destaques da Gestão com Inteligência Coletiva, Relações Humanas e Redes

  • Inteligência Coletiva:
    Aproveitamento da sabedoria distribuída entre colaboradores, parceiros e clientes para inovar e resolver problemas.
  • Organizações em Rede:
    Estruturas horizontais, conectadas digitalmente, menos hierárquicas e mais colaborativas.
  • Gestão de fluxos de informação:
    Compartilhamento de ideias, experiências e aprendizados como ativos estratégicos.
  • Ambientes colaborativos (intra e interorganizacionais):
    Plataformas digitais, redes expandidas, ecossistemas de inovação, foco em projetos.
  • Tomada de decisão distribuída:
    Fortalecimento do protagonismo coletivo e da autonomia dos times.

Estamos mais uma vez numa de transição de paradigma. Como não poderia deixar de ser, no atual sistema de geração de riquezas baseado em símbolos, muda a forma como nos relacionamos nos ambientes organizacionais. Quanto mais alto você está na hierarquia organizacional, maior a carga de stress e ansiedade devido à complexidade relacional do mundo moderno. E isso não está afetando somente os níveis estratégicos, mas a organização em todos os níveis. As tecnologias estão evoluindo rapidamente, mas a nossa cultura organizacional  ainda está presa ao paradigma do sistema de geração de riquezas anterior: a produção e comercialização de bens tangíveis, com seus níveis hierárquicos bem definidos com enorme carga e responsabilidade no nível estratégico. Nossa sociedade está adoecendo rapidamente, como mostram as últimas pesquisas sobre os espaços de trabalho ao nível mundial. É tempo de ousar e tentar novas alternativas, pois a maneira como nos  relacionamos hoje nas organizações não está mais funcionando.