A Teoria do Mundo Pequeno, é uma ideia que sugere que qualquer pessoa no mundo pode ser conectada a qualquer outra por meio de uma cadeia de conhecidos relativamente curta.
A ideia de um mundo interconectado foi sugerida por diversos pensadores e cientistas sociais ao longo do século XX, mas foi popularizada principalmente pelo sociólogo húngaro Frigyes Karinthy em seu conto “Cadeias” (1929).
Na década de 1960, o psicólogo Stanley Milgram conduziu uma série de experimentos famosos para testar a teoria. Ele pediu aos participantes, espalhados em vários lugares diferentes, que enviassem cartas para pessoas específicas em uma cidade dos Estados Unidos, passando-as de mão em mão através de conhecidos. Os resultados sugeriram que, em média, são necessários apenas cerca de seis intermediários para conectar quaisquer duas pessoas.
A partir dos anos 2000, pesquisadores começaram a desenvolver modelos matemáticos para entender melhor a estrutura das redes sociais e a validade da Teoria do Mundo Pequeno. Um dos modelos mais conhecidos é o Modelo de Watts-Strogatz, proposto por Duncan J. Watts e Steven Strogatz em 1998, que mostra como redes sociais podem ter tanto uma estrutura local de agrupamento quanto uma estrutura global de mundo pequeno.
A Teoria dos “seis graus de separação”, como ficou conhecida, foi revista para a Web 2.0 em 2013. Usando os algoritmos preparados pela Universidade de Milão e tendo por base as interligações entre 712 milhões de membros do Facebook – os seis graus de média descem agora para 4,74. Nos Estados Unidos, onde mais de metade das pessoas com mais de 13 anos utilizam o Facebook, estes saltos baixam para uma média 4,37 graus de separação.
Vários estudos posteriores confirmaram a validade da Teoria do Mundo Pequeno em uma variedade de contextos, incluindo redes sociais online, redes de colaboração científica e redes de transporte.