A ciência das redes é um campo interdisciplinar que estuda as propriedades, estruturas e dinâmicas dos sistemas complexos representados por redes. Segue uma breve cronologia das principais contribuições e marcos na história da ciência das redes:
- 1736: Leonhard Euler resolve o problema das Sete Pontes de Königsberg, considerado o marco inicial da teoria dos grafos, uma área fundamental da ciência das redes.
- 1921-1947: Jacob Levi Moreno estuda as dinâmicas de grupos humanos e desenvolve a Sociometria, um método para mapear as conexões entre pessoas que participam de grupos. Em 1932 publica o livro “Who shall survive” onde introduz os conceitos fundamentais da Sociometria.
- 1930s-1950s: Paul Erdös e Alfréd Rényi começam a estudar a teoria dos grafos aleatórios, um modelo básico para entender as propriedades estatísticas das redes.
- 1960s-1970s: Estudos sobre redes sociais se destacam com as pesquisas de Stanley Migram sobre “seis graus de separação” (teoria do mundo pequeno) e os trabalhos de Mark Granovetter sobre os “laços fortes” e os “laços fracos”.
- 1980s: O físico Albert Lázló Barabási e sua equipe começam a investigar redes complexas naturais e sociais. Barabási é um dos pioneiros na aplicação de técnicas da física estatística à compreensão das redes.
- 1990s: Duncan Watts e Steven Strogatz desenvolvem o modelo de rede de mundo pequeno, mostrando que redes complexas podem exibir alta eficiência na comunicação, mantendo baixo custo de conexão.
- 2000s: O estudo de redes complexas se dissemina intensamente com a descoberta de leis de potência em distribuições de conectividade, a identificação de redes livres de escala e a aplicação de métodos da teoria dos grafos em bióloga, sociologia, ciência da computação e muitos outros campos.
- 2010s em diante: A ciência das redes continua a evoluir rapidamente, com aplicações crescentes em áreas como análise de dados, aprendizado de máquina, segurança cibernética, epidemiologia e urbanismo.
Hoje a ciência das redes tem uma ampla gama de aplicações tanto científicas como práticas.